A COP 27 deixa um gostinho de “quero mais”. Uma das grandes conquistas da Conferência, foi a criação de um fundo para financiar perdas e danos climáticos. Porém, muita decisão deixou de ser tomada, como por exemplo as ações de fato para evitar o aumento das emissões , impedindo que o aquecimento global ultrapasse os 1,5º nesse século. Além disso, as questões sobre energia mais limpa e saudável, continuam só no papel….
Foi criado um comitê de transição, que integra 24 países, três deles da América Latina e Caribe, os quais elaborarão recomendações sobre o funcionamento e financiamento dos novos dispositivos, incluindo o fundo específico. Não se sabe ainda quem serão esses contribuintes.
As recomendações devem levar a um “estudo e adoção” dos novos mecanismos de financiamento na COP 28 em Dubai, no final de 2023.
O arranjo é uma vitória para países mais pobres, que pressionam pela mudança há anos. Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, o fundo destinará dinheiro para eventos como elevação do nível do mar, tempestades graves e outros efeitos que os cientistas vinculam à mudança climática e causam destruição repentina ou irreparável.
As economias desenvolvidas, que são responsáveis pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa, sempre resistiram às compensações por receio de que, ao realizar os pagamentos, ficariam expostas a processos judiciais, tanto a governos como a empresas.
Em resumo, se repete o que foi afirmado no Acordo de Paris, de conter o aumento da temperatura média do planeta abaixo de 2°C em relação aos níveis do período pré-industrial e continuar os esforços para limitar a alta da temperatura a 1,5°C. Continuam os esforços mas ação de fato, nenhuma.
Talvez em Dubai, COP 28, tenhamos melhores notícias.